O enriquecimento de urânio com 20% de pureza foi a maior violação constatada desde o acordo nuclear
O ato foi um gesto de desvinculação das obrigações nucleares propostas no acordo feito em 2015 entre as potências mundiais, que tem como intenção inspecionar os projetos nucleares do Irã e impedir o desdobramento da bomba atômica. A medida foi tomada após o assassinato do físico-nuclear, que segundo Teerã foi direcionado por Israel.
Apesar de não ter sido o governo de Hassan Rohani que plasmou essa decisão e sim do parlamento regido pelos conservadores, Hassan não pode ignorar a implementação dessa lei, pois isso simboliza ” uma questão de política doméstica” posiciona oex-embaixador francês no Irã François Nicoullaud.
Primeiro-ministro israelense disse que a decisão do Irã “não pode ser explicada de nenhuma forma, exceto pelo contínuo progresso de sua intenção de desenvolver um programa nuclear militar” afirma Benjamin Netanyahu.
O porta-voz da União Europeia, Peter Stano a medida tomada por Irã sofrerá “sérias implicações (em termos de) não-proliferação nuclear”. Benjamin complementa “Israel não permitirá que o Irã fabrique armas nucleares”.
O urânio precisa enriquecer mais 70%, baseado que 90% é o suficiente para plasmar a bomba. A intenção iraniana é “pressionar para se manter no âmbito de uma negociação estritamente nuclear” posiciona Clément Therme, especialista em Irã no Centro de Pesquisas Políticas.
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